sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Pedra, tesoura e papel

A minha habilidade em dobrar Rosas,
fazendo-as de papel,
esconde a pedra em meu peito
esculpido por cinzel

Obra de artistas efêmeras
que preferíram partir,
cortando os laços de uma comunhão
e espalhando as tesouras no chão

Portanto, entenda!
Não vem de mim todo esse fel,
é só arte-final de épocas
de pedra, tesoura e papel.


(Airton de Barros)

2 comentários:

Jaqueline Fernandes de Barros disse...

Ju!
Nossa esse é muito bom, adorei a analogia ao jogo" pedra, tesoura e papel"

"Portanto, entenda!
Não vem de mim todo esse fel,
é só arte-final de épocas
de pedra, tesoura e papel"

muito boa essa estrofe!
parabéns realmente!

Júlia Manacorda disse...

"é só arte-final de épocas"
Um verso nunca caiu tão bem.

Obrigada